Antes de abordar outros assuntos do universo materno, resolvi que falaria de autismo, pois este transtorno permeia todas as minhas ações como mãe. Minha filha é autista, e isso motivou-nos a levar uma vida mais saudável e, consequentemente, a criar este herbanário.
Para que você possa compreender melhor, resolvi montar um pequeno dossiê sobre esta forma diferente de ser.
Para que você possa compreender melhor, resolvi montar um pequeno dossiê sobre esta forma diferente de ser.
O que é o autismo
Autismo é um transtorno que afeta o desenvolvimento cognitivo de crianças. Em geral aparece antes dos 3 anos de idade, sendo mais comuns em meninos que em meninas. Hoje fala-se em transtornos do espectro autista - TEA, pois o conjunto de sintomas e graus de comprometimento é enorme e varia de indivíduo para indivíduo.
Geralmente os sintomas aparecem entre um e três anos de idade, sendo o mais comum a ausência, regressão ou atraso da fala. Os pais começam a notar que a criança não está desenvolvendo algumas habilidades como esperado nessa faixa etária, ou mesmo perdendo algumas habilidades que havia começado a adquirir.
É muito importante frisar que não há cura, mas pode haver uma evolução tamanha a ponto de a pessoa conseguir levar uma vida praticamente normal (tal como uma pessoa muito explosiva ou tímida nunca vai deixar de ser, mas pode aprender a moderar seu comportamento).
Os principais sintomas são:
Caso você suspeite que seu filho pode ter autismo, o ideal é procurar um neuropediatra ou psiquiatra infantil, pois estes são profissionais que podem distinguir entre uma característica normal da personalidade da criança e um conjunto de patologias que pode caracterizar autismo. Mas leia muito e se informe, pois você conhece seu filho melhor que ninguém. Observe muito para poder fazer uma boa descrição dos comportamentos e não se convença de primeira caso o médico não lhe dê muita atenção. Questione. Alguns profissionais podem não estar preparados ou informados o suficiente para lhe dar o diagnóstico, sobretudo em casos atípicos ou com sintomas leves e isso atrasará o diagnóstico. Começar um tratamento de estimulação o quanto antes é a melhor maneira de ajudar a criança a superar os sintomas e se integrar à vida em sociedade.
Geralmente os sintomas aparecem entre um e três anos de idade, sendo o mais comum a ausência, regressão ou atraso da fala. Os pais começam a notar que a criança não está desenvolvendo algumas habilidades como esperado nessa faixa etária, ou mesmo perdendo algumas habilidades que havia começado a adquirir.
É muito importante frisar que não há cura, mas pode haver uma evolução tamanha a ponto de a pessoa conseguir levar uma vida praticamente normal (tal como uma pessoa muito explosiva ou tímida nunca vai deixar de ser, mas pode aprender a moderar seu comportamento).
Os principais sintomas são:
- Não apontar o que quer ou as coisas que lhe chamam a atenção, nem tentar chamar a sua atenção para o que está fazendo;
- Usar as outras pessoas como ferramenta (a Florzinha levava a minha mão à maçaneta da porta para abri-la ou queria que eu manipulasse seus brinquedos, por exemplo, ao invés de fazê-lo ela mesma);
- Não reagir quando é chamado ou quando estão conversando consigo, dando a impressão de que é surdo;
- Falta de contato visual, olhar perdido;
- Não olhar para onde você está indicando/ apontando, não seguir o seu olhar;
- Não brincar de faz-de-conta (fingir que está falando ao telefone, brincar de dar comida à boneca, fingir que é o herói da TV, etc.)
- Não ter interesse por outras crianças;
- Não interagir, seja em jogos de duplas/grupos com as outras crianças, seja nas tarefas do dia-a-dia com os pais;
- Atraso/regressão da fala, sendo a ecolalia (repetição) uma característica muito presente;
- Apresenta estereotipias (risos e/ ou movimentos inadequados ou fora de contexto);
- Hipersensibilidade a sons altos ou determinados tipos de som;
- Rotina inflexível (gostam de fazer tudo sempre do mesmo jeito, ficando furiosos quando as coisas saem de maneira diferente);
- Fixação por coisas em movimento, objetos ou temas específicos, apego exagerado a um determinado objeto;
- Têm a curiosa mania de enfileirar brinquedos e objetos numa ordem bastante rígida;
- Aparente insensibilidade à dor;
- Não gostar de contato físico, mesmo dos pais;
- Não apresentar medo em situações perigosas, aparentando não compreender o perigo iminente.
Caso você suspeite que seu filho pode ter autismo, o ideal é procurar um neuropediatra ou psiquiatra infantil, pois estes são profissionais que podem distinguir entre uma característica normal da personalidade da criança e um conjunto de patologias que pode caracterizar autismo. Mas leia muito e se informe, pois você conhece seu filho melhor que ninguém. Observe muito para poder fazer uma boa descrição dos comportamentos e não se convença de primeira caso o médico não lhe dê muita atenção. Questione. Alguns profissionais podem não estar preparados ou informados o suficiente para lhe dar o diagnóstico, sobretudo em casos atípicos ou com sintomas leves e isso atrasará o diagnóstico. Começar um tratamento de estimulação o quanto antes é a melhor maneira de ajudar a criança a superar os sintomas e se integrar à vida em sociedade.
Tipos mais comuns de autismo
Síndrome de Asperger - Não possuem a fala comprometida, embora seu vocabulário possa ser erudito ou técnico em excesso e um pouco mecânico, dando a impressão de estarem lendo e não falando. Têm inteligência acima da média, mas tal inteligência costuma aplicar-se somente a uma ou algumas áreas do conhecimento, pelas quais têm um interesse exagerado. Por isso não é raro encontrar Aspergers que são considerados gênios em suas áreas de interesse. Gostam de rotinas, possuindo comportamentos ritualísticos e normalmente têm poucas ou mesmo nenhuma relação social fora do círculo familiar, motivo pelo qual são geralmente considerados anti-sociais. Costumam ter dificuldade para entender ironias, metáforas e outras sutilezas de linguagem. Especula-se que grandes gênios como Van Gogh, Mozart e Einstein tenham sido Aspies. Hoje temos grandes personalidades como Daryl Hannah (atriz de Hollywood), Messi (jogador de futebol) Bill Gates (fundador da Microsoft) e Keanu Reeves (ator de Hollywood) com síndrome de Asperger, embora nem todos admitam :).
Mais informações sobre sintomas (e principalmente!) qualidades de pessoas com Asperger aqui.
Autismo Clássico - Se divide em dois tipos:
Autismo de alto funcionamento - Possuem inteligência normal ou apenas um pouco abaixo da média, sendo esta a sua principal diferença em relação aos Aspergers. Costumam ter atraso e algum comprometimento no desenvolvimento da fala.
Autismo Severo - Possuem déficit intelectual grave ou muito grave, podem tem um grande comprometimento da fala ou mesmo serem averbais. Têm pouca ou nenhuma interação com o ambiente ao seu redor, vivendo quase em um mundo à parte. Geralmente possuem estereotipias graves: fazem movimentos estranhos com as mãos, gostam de se balançar ou ficar girando sobre si mesmos, possuem comportamento ritualístico e às vezes agressivo e autodestrutivo. Costumam ser muito ativos fisicamente ou então apáticos, é muito difícil estabelecer o diálogo pois não costumam demonstrar que entenderam o que se disse a eles. Têm uma dependência muito grande de seus cuidadores, mesmo nas atividades mais básicas.
Outros tipos - Há outro tipos de transtornos englobados no espectro autista, embora sejam menos comuns, como a Síndrome de Rett, que tem origem genética e afeta quase exclusivamente meninas, Transtorno Desintegrativo da Infância, que começa mais tarde, em geral aos três ou quatro anos, e a criança começa a perder habilidades cognitivas que já havia adquirido, como a fala, a interação, o uso do banheiro e outras atividades diárias, etc., Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Não Especificado, também conhecido como autismo atípico, por apresentar comprometimento em apenas algumas áreas, e outros tipos ainda mais raros.
Tratamentos
O médico que diagnosticar a criança fará um acompanhamento periódico e indicará tratamentos terapêuticos segundo as dificuldades da criança. Entre os tratamentos possíveis estão terapia comportamental com psicólogos e psicopedagogos, sessões de fonoaudiologia, musicoterapia, arte terapia, pet terapia, equoterapia, atividades físicas como natação ou ginástica e treinamentos em tecnologias assistivas, caso necessário.
Há quem diga que corantes artificiais, agrotóxicos, glúten e caseína podem interferir negativamente nos sintomas de pessoas autistas, e que portanto devem ser evitados. Obviamente, agrotóxicos e corantes artificiais devem ser evitados por todos e uma dieta saudável com certeza ajudará a melhorar a condição de saúde de qualquer pessoa. No entanto, há fortes indícios de que o uso de algumas plantas pode aliviar sintomas relativos ao humor, como ansiedade, nervosismo, falta de atenção, etc.